Desde
o encaminhamento à ALESP do projeto de lei que viria a se tornar a lei
complementar 1093/09 (contratação dos professores temporários), a APEOESP vem
lutando contra essa precarização do trabalho dos professores, verdadeira forma
de escravidão.
Lutamos,
na época, para que a lei não fosse aprovada. O governo, com ampla maioria na
ALESP, conseguiu impor esta forma precária de contratação de professores, mas
nossa luta não parou. Em vários momentos, com atos, assembleias, paralisações, greve,
negociação e ações judiciais, conseguimos amenizar determinados aspectos desta
situação.
Assim,
conseguimos estender o tempo de contratação de um ano para até dois anos.
Conseguimos ainda que, na classificação desses professores para a atribuição de
aulas, além da nota da prova seletiva que era realizada anualmente, fosse
computada também parte da pontuação por tempo de serviço, de forma a valorizar
a experiência do professor. Em outro momento, conseguimos mudar o caráter da
prova, que deixou de ser eliminatória, passando a classificatória.
No
momento atual, a prova sequer é realizada, valendo para a atribuição de aulas dos
professores da “categoria O” remanescentes do concurso a nota obtida no
certame. Em relação à absurda exigência de que o professor tenha que se manter
afastado da rede estadual durante um perí- odo entre uma contratação e outra,
também conseguimos mudança. No final da primeira contratação, o professor fica afastado
por apenas 40 dias, mas o governo impôs que os próximos afastamentos sejam
ainda de 200 dias. Estamos lutando firmemente para derrubar a chamada
duzentena.
Emergencialmente,
nossa reivindicação é a de que todos cumpram apenas a quarentena para
participar da atribuição de aulas. Em 2014, conseguimos liminar na justiça
derrubando a duzentena. Neste ano, estamos movendo duas ações judiciais no mesmo
sentido. Uma delas aguarda decisão de mérito e outra, em conjunto com UBES, UPES
e CRECE, aguarda decisão do juiz sobre pedido de liminar que, se concedida,
assegurará a participação de todos os professores da “categoria O” na
atribuição. Mas não estamos satisfeitos com essas mudanças pontuais.
Nossa
luta é para que se institua uma nova forma de contratação de professores
temporários, que garanta direitos, dignidade no exercício da profissão, sem
quarentena, nem duzentena.
FAX URGENTE Nº 4 APEOESP
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